Nunca antes na história da competição tantas equipes brasileiras haviam sido eliminadas no mesmo dia, e logo no ano em que o país mais teve representantes no torneio: seis. Favoritos, Cruzeiro, Fluminense e o campeão Inter caíram diante de seus adversários. O Grêmio, que foi ao Chile tentando reverter a a derrota em casa com sete desfalques, também não conseguiu resistir.
Em 1994, o São Paulo, que eliminou o Palmeiras, foi o único brasileiro a avançar às quartas-de-final, e terminou a competição como vice, perdendo nos pênaltis para o Velez Sarsfield, da Argentina. Este ano, a tragédia tupiniquim teve início logo na pré-Libertadores, com o Corinthians tombando para o Deportivo Tolima, da Colômbia. Um prenúncio do que estava por vir.
O primeiro desastre da noite foi protagonizado pelo Inter, que empatou com o Peñarol em 1 a 1 em Montevidéu, e precisava de um resultado simples para seguir a caminhada rumo a manter a taça no Beira-Rio. Com o 1 a 0 no primeiro tempo, além do grande volume de jogo, as quartas-de-final pareciam próximas. Entretanto, uma virada totalmente inesperada dos uruguaios, logo no começo do segundo tempo, pegou a equipe de Falcão de surpresa. Atônitos, os colorados não conseguiram a reação e acabaram eliminados diante de sua torcida, com uma derrota por 2 a 1.
O tão aguardado Gre-Nal continental acabou virando Peñarol contra Universidad Católica. A felicidade dos tricolores gaúchos com a derrota dos rivais durou apenas 20 minutos, e o que se seguiu só serviu de consolo para os já eliminados colorados. Em condições totalmente adversas, o Grêmio precisava reverter a vantagem do adversário, fora de casa, além de ter de improvisar para lidar com os desfalques. A equipe de Renato Gaúcho lutou muito, mas acabou derrotada por 1 a 0 e deu adeus à Libertadores.
Após uma classificação hollywoodiana, indo contra todos os prognósticos e fazendo valer mais uma vez a alcunha de ‘guerreiro’, o Flu foi ao Paraguai pegar o Libertad com uma cômoda vantagem no placar: 3 a 1 na ida, no Engenhão. Desta vez, a probabilidade jogou contra os tricolores, que viram os donos da casa, extremamente competentes e aguerridos, fazerem 3 a 0 no Defensores del Chaco para levar a classificação.
Mas a derrota mais inesperada da noite foi, sem dúvidas, a do Cruzeiro. Equipe de melhor campanha na fase de grupos, a Raposa havia vencido o duelo de ida contra o Once Caldas – dono da pior campanha – por 2 a 1, na Colômbia. Quem esperava ver um passeio na Arena do Jacaré, entretanto, se decepcionou muito. A torcida parecia não acreditar. Nervoso e errando muitos passes, o Cruzeiro permitiu que os visitantes gostassem do jogo e fossem mais perigosos. Roger acabou expulso no primeiro tempo, situação que só foi amenizada quando o Once Caldas perdeu Carbonero. Em cinco minutos, dois gols que jogaram a Raposa na lona. Gilberto ainda teve um gol anulado erradamente, mas ficou por aí. A confusão no fim do jogo só tornou ainda mais melancólica a despedida da equipe sensação da temporada.
Agora, o Santos, último dos moicanos, que esperava pegar o Cruzeiro, enfrentará o Once Caldas nas quartas. Caberá a Neymar, Ganso e Muricy Ramalho manterem a honra do futebol brasileiro na surpreendente Libertadores de 2011.
Fonte: Esporte Interativo
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