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terça-feira, março 01, 2011

Efeito da massa corporal no ciclismo


O aumento da massa corporal (peso) e também do peso transportado contribui para o gasto de energia mais elevado em atividades como o ciclismo, o que significa um esforço extra no momento que o atleta estiver pedalando. Esta influência sobre o metabolismo energético ocorre, dentre outros fatores, pelo aumento da gordura corporal e equipamentos e acessórios mais pesados. Apesar disso, não podemos afirmar que todo aumento da massa corporal é ruim, pois caso o atleta esteja realmente precisando e o aumento vier na forma de massa muscular, será algo extremamente positivo.

A simples observação de um grupo de ciclistas de estrada ou mountain bikers pedalando em percursos com muitas subidas já é suficiente para diagnosticar que os atletas mais leves obtêm grande vantagem sobre os mais pesados em trechos de subida. Esta diferença é ainda maior no alto rendimento e caracteriza muito bem o perfil dos grandes escaladores, como o imortal Marco Pantani, com seu baixo peso corporal e perfil esguio. No entanto, essa diferença é bastante reduzida se o atleta estiver pedalando em uma bicicleta estacionária ou em um percurso plano sem sofrer influência do vento, fator este apenas 5%mais elevado entre as pessoas mais pesadas.

Como o mountain bike é um esporte praticado em terrenos irregulares, repleto de trechos de subidas, um número cada vez maior de praticantes deste esporte está em constante busca da redução da massa corporal com o intuito de melhorar o desempenho esportivo. Isso é ruim? Não, desde que o atleta faça uma avaliação para verificar se existe (ou não) a necessidade deste tipo de estratégia. E, para isso, ele deve contar com a orientação de profissionais capacitados.


Antes de adotar estratégias erradas para produzir perda de peso, é interessante saber que existem três maneiras de desequilibrar a equação do equilíbrio energético (ingestão calórica x dispêndio calórico): a primeira delas é reduzindo a ingestão calórica das necessidades diárias; a segunda é mantendo a ingestão calórica e aumentando o dispêndio de energia, produzindo gasto adicional acima das necessidades energéticas diárias; e a terceira é a redução a ingestão calórica diária juntamente com o aumento do gasto de energia.

Não cabe a mim indicar qual procedimento é o mais adequado e novamente enfatizo que esta orientação deve ser feita por um profissional capacitado. Apesar disso, é interessante citar que algumas pesquisas revelaram que a manutenção em longo prazo da perda do peso corporal através da restrição dietética apresenta um percentual de sucesso inferior a 20%. A perda rápida de peso durante os primeiros dias do déficit calórico reflete principalmente a perda hídrica corporal e do glicogênio (nosso estoque de energia proveniente dos carboidratos), ocorrendo uma maior perda de gordura à medida que a restrição calórica prossegue.

O mais correto é entendermos que existem diferenças individuais e que o sucesso no mountain bike não obedece à lei do mais leve. Ganhei muitas competições durante os muitos anos da minha carreira esportiva, mas também perdi para muitos atletas cuja massa corporal era mais alta que a minha (porém, adequadas às suas características). Não existem milagres. Toda mudança, quando necessária, deve ser feita de maneira inteligente e sólida para que traga os resultados esperados e o conseqüente aumento no desempenho esportivo.


 Fonte: matéria retirada da revista Bike Action ano 09 nº 102.

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