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terça-feira, abril 19, 2011

Brasileiros do boliche quebram estigma e fogem do estereótipo de Fred Flintstone

“Boliche é esporte?”, ouvem incessantemente os atletas que representarão o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, no México. É enfrentando essa desconfiança que o quarteto verde-amarelo trabalha para mostrar que a modalidade pode ser sim encarada com seriedade, deixando de lado o estereótipo que se criou de que acertar os pinos é só uma diversão de fim de semana.
  • Seleção de boliche brasileira para o Pan-Americano 2011: Márcio Vieira, Stephanie Martins, Marizete Scheer e Marcelo Suartz (da esquerda p/ a direita)
A imagem está na cabeça de muita gente e foi construída também nas telas. Quem não se lembra da habilidade de Fred Flintstone ou de Homer Simpson em seus respectivos desenhos animados, conquistando strikes em seus tempos de folga. Mas Márcio Vieira, Marcelo Suartz, Marizete Scheer e Stephanie Martins são exemplos de pessoas que levam a sério o boliche e, para três deles, é uma realidade para ganhar a vida, de forma exclusiva.
“É verdade, as pessoas tem essa imagem do Fred Flintstone, que é mais do meu tempo. Eu sou ‘burro velho’”, brinca Márcio, veterano de 57 anos, o mais velho da equipe. Empresário e jogador, ele divide a rotina de trabalho com a de treinos, mas sabe bem sua preferência. “Quatro vezes por semana eu tenho de jogar boliche, se a profissão atrapalhar, azar o dela!”.

A dupla foi morar nos Estados Unidos e entrou na Universidade Webber International, que é uma das mais tradicionais na modalidade, com infra-estrutura usada por seleções de vários países para treinos, a preços de 500 dólares por dia. Assim, além de estudarem administração e marketing, eles competem pela entidade e, caso cresçam no esporte, podem tentar seguir carreira no circuito profissional, ao fim dos estudos.
Mesmo em um local com tamanha dedicação ao boliche, Marcelo entrou justamente no primeiro ano de treinos, num momento em que a modalidade enfrentava preconceito internamente. “Vocês vão deslocar dinheiro do futebol americano para boliche?”, questionavam os estudantes.
Ainda assim, a estrutura foi montada, virando referência mundial. “Boliche é muito difícil, até mais que o golfe. É muito técnico, tem detalhes que ninguém imagina, como o tipo de óleo na pista. Então, trabalhamos com um programa que mede aspectos como a velocidade e o ângulo que a bola sai da sua mãe e que bate nos pinos. Isso ajuda a saber em que ponto você começa a melhorar seu jogo”, explica Suartz, que concorre a prêmio de melhor jogador da temporada universitária.
O brasileiro ainda não sabe se fará do boliche sua profissão, mas comemora poder escolher. “Todo mundo precisa estudar. Independentemente do esporte é necessário ter um diploma. Mas tenho a opção de ficar no boliche. Não se ganha como no golfe, mas dá para ter uma renda bem sólido com os grandes torneios profissionais no mundo todo”, explicou.
“Marcelo e Stephanie são a prova viva que pode se usufruir de vantagens pelo esporte. Eles tem benefícios, estão se formando profissionalmente e podem ir adiante nisso”, completou Márcio.
Amor no boliche 'gerou' Schuartz
Pós-graduado em boliche
A história de Marcelo Schuartz no boliche começou antes mesmo de estar no ventre de sua mãe. Seus pais se conheceram jogando e influenciaram o garoto a brincar. O gosto pegou e ele faz faculdade nos EUA, pela qual disputa disputa campeonatos universitários. Apesar do apoio, a rotina não é das mais fáceis na cidade de Babson Park. Ele tem de combinar os treinos com os estudos de marketing, um estágio e o trabalho em uma academia. Mas a confiança está em alta. "Esta edição do Pan deve ser a mais forte, mas dá para ganhar, com certeza. É questão de preparação." Aos 57 anos, Márcio Vieira não é apenas um jogador, mas acabou se transformando em um estudioso do boliche. Quando ele superou o preconceito e passou a encarar com seriedade o esporte, foi para o exterior e passou por cursos específicos de boliche. Em um deles, no ano de 2008, Vieira ganhou o título de pós-graduado. Fundador da Confederação Brasileira, ele também teve outra função fora de quadra: aprendeu a furar as bolas. Isto porque na compra elas vem "fechadas" e são furadas para se adaptar à mão do jogador - portanto, não são usadas por mais de um atleta.

Mudando a cabeça dos alunos

Quem também vive do boliche é Marizete Scheer, professora do esporte, além de jogadora. Ela iniciou nas pistas quando foi jogar por diversão. Logo na estreia na modalidade, foi convidada para um torneio amador, o qual ganhou.
Com isso, a paranaense criou coragem para se mudar do Mato Grosso, onde morava, para o Rio de Janeiro, em busca de aperfeiçoamento e por aí ficou, buscando uma área dentro do próprio esporte para se manter.
“Eu vejo o boliche como esporte e é uma dificuldade passar esta ideia, mesmo para os meus atletas”, diz Marizete, que tem a dura tarefa de convencer a garotada de que eles podem ir longe na modalidade, como o quarteto tem mostrado, principalmente com o espaço aberto por Marcelo e Stephanie.

Por Maurício Dehò
Fonte:UOL Esporte

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