Ibicaraí, 12 de junho de 2011
Faça chuva ou faça sol, Sebatian Vettel vinha dominando a Fórmula 1. E parecia pronto para ampliar o domínio no GP do Canadá, que teve chuva – a ponto de interromper a corrida por duas horas – e sol, numa aparição tímida após a relargada. O alemão da RBR controlou a prova do início até última volta, quando enfim, apareceu alguém para beliscar seu reinado. Com uma reação antológica, o inglês Jenson Button ultrapassou Vettel nos instantes finais e arrancou uma vitória improvável ao conduzir sua McLaren após duas batidas, seis paradas nos boxes e uma punição. Quatro horas depois da largada, ninguém imaginava que o desfecho seria aquele. Mas Button teve um domingo para derrubar todos os prognósticos.
Vettel chegou em segundo, seguido pelo companheiro Mark Webber e pelo alemão Michael Schumacher, da Mercedes. Vitaly Petrov, da Renault, foi o quinto, e Felipe Massa também tirou um feito da cartola no último segundo da corrida. Após escorregar 10 posições por causa de uma parada não prevista nos boxes, o piloto da Ferrari arrancou a sexta posição quase em cima da linha de chegada, ao ultrapassar o japonês Kamui Kobayashi, da Sauber.
Rubens Barrichello, da Williams, chegou em nono, na prova caótica que viu sete abandonos, incluindo Fernando Alonso, da Ferrari, e Lewis Hamilton, da McLaren.
A chuva forçou uma largada sem jeito de largada, com o safety car puxando a fila e os pilotos testando as condições da pista. Na quarta volta, aí sim, o carro de segurança saiu de cena e a disputa começou de verdade. Alonso pressionou Vettel, e Massa pressionou Alonso, mas todo mundo se defendeu bem.
E Hamilton abriu ali a montanha-russa dos seus dez minutos de corrida. Primeiro tentou forçar para cima de Webber, mas sua roda dianteira direita tocou o carro do australiano, que rodou e perdeu dez lugares na fila, caindo para 14º. O inglês caiu para sexto, atrás de Rosberg e Schumacher. Afoito, tentou dar o bote no heptacampeão, mas levou um passa-fora, saiu da pista e perdeu posições. Pouco depois, na oitava volta, Hamilton tentou forçar de novo, desta vez em cima do companheiro Button. E se deu mal. Bateu no muro e quebrou a suspensão traseira. Mesmo com a roda quase solta, continuou na pista – só por mais alguns segundos, até parar e abandonar o GP.
Com o incidente, lá foi o safety car de novo para a pista, e àquela altura a chuva dava uma trégua. Quando a disputa recomeçou, Button, em 13º, era o mais rápido e começou a deixar adversários para trás. Webber também subia pelas tabelas e, com as paradas nos boxes, voltou à quarta posição.
Na 19ª volta, a água voltou com força. Melhor para Vettel, Massa, Kobayashi e Webber, que não tinham trocado os pneus de chuva. Seus rivais foram obrigados a parar de novo, e o mau tempo foi buscar outra vez o safety car.
As paradas continuavam mexendo na fila, com Alonso tendo problemas e caindo para oitavo. Massa perdeu a segunda posição para Kobayashi – que manteve os pneus intermediários – e Vettel voltou em primeiro. E voltou reclamando. Pelo rádio, cobrou que não houvesse relargada naquele momento, por causa da aquaplanagem entre as curvas 9 e 13.
Ele tinha razão, porque, na 25ª volta, a chuva venceu. Bandeira vermelha, e todos os carros pararam no grid para esperar as condições melhorarem. Vettel liderava, seguido por Kobayashi, Massa, Heidfeld, Petrov, Di Resta, Webber, Alonso, De la Rosa e Button.
Durante uma hora e meia, a água castigou o circuito Gilles Villeneuve. Com os carros cobertos no grid, a organização mandou máquinas à pista para lutar contra enormes poças. Já eram 16h12 (no horário de Brasília) quando a chuva, enfim, parou. O céu ficou mais claro, as lonas começaram a ser retiradas e alguns motores foram ligados, enquanto o carro da direção de prova dava suas voltas para inspecionar as condições. Outra meia hora se passou e, quando foi anunciada a relargada para as 16h50m... outra pancada de chuva. Mas a corrida recomeçou mesmo assim, com o safety car à frente.
Enquanto os carros iam passando levantando spray, a torcida nas arquibancadas vibrava. Na sétima volta após o recomeço, até o sol deu uma espiada rápida na corrida. Foi quando o safety car voltou aos boxes na volta 34, e a disputa recomeçou. Vettel conseguiu abrir um certo conforto, e Massa deu o bote em Kobayashi. Chegou a ultrapassá-lo, mas o japonês deu o troco imediatamente, mantendo a segunda posição.
Na 37ª volta, logo após sair dos boxes, Alonso se chocou com Button ao se defender de uma tentativa de ultrapassagem e foi parar no muro. O espanhol abandonou, e o inglês teve de voltar aos boxes. Nem deu para sentir saudades do safety car, que voltou à pista e ali ficou por três voltas.
Na relargada, os três primeiros mantiveram seus postos, e a emoção ficou a cargo de Schumacher. Em sétimo lugar, ele passou Webber e, logo depois, Di Resta, que tocou Heidefeld e teve problemas no bico. Heidfeld fez o que pôde para segurar Schumi, mas não resistiu na 44ª volta.
Dos boxes, a Ferrari pedia que Massa “tirasse Kobayashi do caminho” para perseguir Vettel, mas o japonês segurava a vice-liderança com unhas e dentes. Quando o brasileiro finalmente conseguia superar o japonês, na volta 52, veio a melhor manobra da corrida: Schumacher aproveitou a disputa e ultrapassou os dois ao mesmo tempo, assumindo a segunda posição.
Massa e Schumi pararam logo em seguida, e o brasileiro deu azar. Com pneus slick, perdeu o controle na reta, bateu no guard rail e teve de voltar para trocar a asa dianteira. Com isso, escorregou para a 12ª posição. Kobayashi também perdeu posições para Webber e Button, que fazia uma boa corrida de recuperação.
Heidfeld, que estava em sexto, tocou Kobayashi à sua frente, quebrou a asa dianteira e bateu. A Renault agiu rápido, mas com a pista suja, não houve jeito: a 13 voltas do fim, o safety car voltou. Atrás dele, Vettel, Schumacher, Webber, Button, Kobayashi, Petrov e Barrichello. Na relargada, faltavam dez voltas.
O atual campeão conseguiu escapar bem na ponta, mas os três seguintes vinham colados. Webber chegou a passar Schumi, mas errou e permitiu não só o troco, mas a ultrapassagem de Button. Após seis paradas nos boxes, incluindo uma punição, o inglês foi para cima do alemão e não demorou nada para ultrapassá-lo. Webber também conseguiu deixar Schumi para trás, arrancando um pódio suado.
Na última volta, Jenson Button confirmou a vitória antológica. Partiu para cima de Vettel, que errou. Conseguiu uma ultrapassagem fantástica e, contra tudo e contra todos, cruzou em primeiro.
Button: reação fantástica para arrancar a vitória no GP do Canadá no domingo (Foto: agência Getty Images) |
Vettel chegou em segundo, seguido pelo companheiro Mark Webber e pelo alemão Michael Schumacher, da Mercedes. Vitaly Petrov, da Renault, foi o quinto, e Felipe Massa também tirou um feito da cartola no último segundo da corrida. Após escorregar 10 posições por causa de uma parada não prevista nos boxes, o piloto da Ferrari arrancou a sexta posição quase em cima da linha de chegada, ao ultrapassar o japonês Kamui Kobayashi, da Sauber.
A chuva forçou uma largada sem jeito de largada, com o safety car puxando a fila e os pilotos testando as condições da pista. Na quarta volta, aí sim, o carro de segurança saiu de cena e a disputa começou de verdade. Alonso pressionou Vettel, e Massa pressionou Alonso, mas todo mundo se defendeu bem.
E Hamilton abriu ali a montanha-russa dos seus dez minutos de corrida. Primeiro tentou forçar para cima de Webber, mas sua roda dianteira direita tocou o carro do australiano, que rodou e perdeu dez lugares na fila, caindo para 14º. O inglês caiu para sexto, atrás de Rosberg e Schumacher. Afoito, tentou dar o bote no heptacampeão, mas levou um passa-fora, saiu da pista e perdeu posições. Pouco depois, na oitava volta, Hamilton tentou forçar de novo, desta vez em cima do companheiro Button. E se deu mal. Bateu no muro e quebrou a suspensão traseira. Mesmo com a roda quase solta, continuou na pista – só por mais alguns segundos, até parar e abandonar o GP.
Com o incidente, lá foi o safety car de novo para a pista, e àquela altura a chuva dava uma trégua. Quando a disputa recomeçou, Button, em 13º, era o mais rápido e começou a deixar adversários para trás. Webber também subia pelas tabelas e, com as paradas nos boxes, voltou à quarta posição.
Na 19ª volta, a água voltou com força. Melhor para Vettel, Massa, Kobayashi e Webber, que não tinham trocado os pneus de chuva. Seus rivais foram obrigados a parar de novo, e o mau tempo foi buscar outra vez o safety car.
As paradas continuavam mexendo na fila, com Alonso tendo problemas e caindo para oitavo. Massa perdeu a segunda posição para Kobayashi – que manteve os pneus intermediários – e Vettel voltou em primeiro. E voltou reclamando. Pelo rádio, cobrou que não houvesse relargada naquele momento, por causa da aquaplanagem entre as curvas 9 e 13.
Ele tinha razão, porque, na 25ª volta, a chuva venceu. Bandeira vermelha, e todos os carros pararam no grid para esperar as condições melhorarem. Vettel liderava, seguido por Kobayashi, Massa, Heidfeld, Petrov, Di Resta, Webber, Alonso, De la Rosa e Button.
Durante uma hora e meia, a água castigou o circuito Gilles Villeneuve. Com os carros cobertos no grid, a organização mandou máquinas à pista para lutar contra enormes poças. Já eram 16h12 (no horário de Brasília) quando a chuva, enfim, parou. O céu ficou mais claro, as lonas começaram a ser retiradas e alguns motores foram ligados, enquanto o carro da direção de prova dava suas voltas para inspecionar as condições. Outra meia hora se passou e, quando foi anunciada a relargada para as 16h50m... outra pancada de chuva. Mas a corrida recomeçou mesmo assim, com o safety car à frente.
Enquanto os carros iam passando levantando spray, a torcida nas arquibancadas vibrava. Na sétima volta após o recomeço, até o sol deu uma espiada rápida na corrida. Foi quando o safety car voltou aos boxes na volta 34, e a disputa recomeçou. Vettel conseguiu abrir um certo conforto, e Massa deu o bote em Kobayashi. Chegou a ultrapassá-lo, mas o japonês deu o troco imediatamente, mantendo a segunda posição.
Na 37ª volta, logo após sair dos boxes, Alonso se chocou com Button ao se defender de uma tentativa de ultrapassagem e foi parar no muro. O espanhol abandonou, e o inglês teve de voltar aos boxes. Nem deu para sentir saudades do safety car, que voltou à pista e ali ficou por três voltas.
Na relargada, os três primeiros mantiveram seus postos, e a emoção ficou a cargo de Schumacher. Em sétimo lugar, ele passou Webber e, logo depois, Di Resta, que tocou Heidefeld e teve problemas no bico. Heidfeld fez o que pôde para segurar Schumi, mas não resistiu na 44ª volta.
Dos boxes, a Ferrari pedia que Massa “tirasse Kobayashi do caminho” para perseguir Vettel, mas o japonês segurava a vice-liderança com unhas e dentes. Quando o brasileiro finalmente conseguia superar o japonês, na volta 52, veio a melhor manobra da corrida: Schumacher aproveitou a disputa e ultrapassou os dois ao mesmo tempo, assumindo a segunda posição.
Massa e Schumi pararam logo em seguida, e o brasileiro deu azar. Com pneus slick, perdeu o controle na reta, bateu no guard rail e teve de voltar para trocar a asa dianteira. Com isso, escorregou para a 12ª posição. Kobayashi também perdeu posições para Webber e Button, que fazia uma boa corrida de recuperação.
Heidfeld, que estava em sexto, tocou Kobayashi à sua frente, quebrou a asa dianteira e bateu. A Renault agiu rápido, mas com a pista suja, não houve jeito: a 13 voltas do fim, o safety car voltou. Atrás dele, Vettel, Schumacher, Webber, Button, Kobayashi, Petrov e Barrichello. Na relargada, faltavam dez voltas.
O atual campeão conseguiu escapar bem na ponta, mas os três seguintes vinham colados. Webber chegou a passar Schumi, mas errou e permitiu não só o troco, mas a ultrapassagem de Button. Após seis paradas nos boxes, incluindo uma punição, o inglês foi para cima do alemão e não demorou nada para ultrapassá-lo. Webber também conseguiu deixar Schumi para trás, arrancando um pódio suado.
Na última volta, Jenson Button confirmou a vitória antológica. Partiu para cima de Vettel, que errou. Conseguiu uma ultrapassagem fantástica e, contra tudo e contra todos, cruzou em primeiro.
0 comentários:
Postar um comentário