Entre os dados apresentados aos clubes com quem tem negociado os direitos de transmissão do Brasileiro, a Globo tem mostrado uma tabela com os dados que você vê abaixo. Tais dados são apresentados como o "destino" de quem troca a emissora pela Record.
Desde o ano passado, quando o Cade determinou que a Globo não podia manter seus privilégios na negociação dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro, a emissora carioca e a Record passaram a disputar ferozmente a exclusividade do torneio. Nessa disputa, o próprio Clube dos 13 acabou rachando..
O documento da Globo contém a tabela, da média de ibope e share (% de TV‘s ligadas num horário) do campeonato baiano, cuja federação trocou Globo por Record em 2008. Na ocasião, o torneio estadual deixou de ser exibido na TV Bahia (Globo) e migrou para a TV Itapoan, da Record. Foi um duro golpe para a Globo à época.
Já no primeiro ano de Record o ibope dos jogos do Estadual da Bahia caiu de mais de 20 pontos na Globo, para 13,73. Os dirigentes da emissora não desanimaram.
No ano seguinte, 2009, a audiência do certame fechou com 15,87 pontos. Isso animou a emissora, mas no ano passado o ibope despencou de novo, para 12,35. Foi o suficiente para os times baianos mudarem de ideia e voltarem aos braços da Globo.
Esta ano, novamente na global TV Bahia, o estadual marca 21,4 pontos e share de quase 50% (de cada duas TV‘s ligadas, uma está na Globo). São esses números, além dos de Santa Catarina, outra ex-praça dissidente, que a Globo vem usando na guerra com o Clube dos 13.
Novas negociações
As negociações dos direitos dos Brasileiros até 2014 (2011 ainda é da Globo) ainda estão longe de ser concluídas, já que uma parte dos clubes vai negociar os direitos de seus jogos diretamente com as emissoras. A base jurídica proposta é de que os times mandantes tenham o direito de exibir seus jogos, independentemente de o adversário ter fechado acordo com Globo ou Record.
Isso poderia acalmar os dois lados, do ponto de vista financeiro, e ainda viabilizaria a realização do campeonato, que já está ameaçada graças às décadas de monopólio antes, e tanta bagunça no futebol agora. O caos ainda está longe do fim.
Por Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
Colunista do UOL
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